Bondinho da Glória, em Lisboa, descarrila e mata 16 pessoas
O acidente, que aconteceu no dia 3 de setembro, matou 16 pessoas e 22 ficaram feridas.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) que o cabo que ligava as duas cabines cedeu no ponto de fixação da cabine nº 1, que começou a viagem na parte superior da rua da Glória, em Lisboa.
A análise dos destroços mostrou que o restante do cabo e o sistema de acionamento, incluindo polias e volante de inversão, estavam lubrificados e sem falhas aparentes. Além disso, o cabo do trambolho superior da cabine nº 2, próxima à Praça dos Restauradores, também não apresentava problemas.
O cabo usado possui seis cordões de 36 arames de aço em fibra, com 32 milímetros de diâmetro e capacidade para aproximadamente 68 toneladas. Ele estava em operação há 337 dias, dentro da vida útil prevista de 600 dias. Assim, ainda restavam 263 dias antes da substituição. A operadora considera que o cabo tinha um coeficiente de segurança significativo.
A Carris, responsável pelo bondinho, contrata uma empresa externa para a manutenção. O contrato define que a operadora fornece os cabos, e a empresa contratada instala e fiscaliza os equipamentos. O bondinho não está sob fiscalização direta do Instituto da Mobilidade e dos Transportes e não há informações confirmadas sobre qual entidade pública supervisiona seu funcionamento e segurança. A operadora realiza inspeções de grande porte a cada quatro anos.
O bondinho da Glória percorre 276 metros entre a Praça dos Restauradores e o Jardim de São Pedro de Alcântara. Muito procurado por turistas, ele é um símbolo histórico de Lisboa.